sábado, 11 de julho de 2020

PROBLEMA RELÂMPAGO






2 Reis 4:27,28 Chegando ela, pois, ao homem de Deus, ao monte, abraçou-lhe os pés. Então, se chegou Geazi para arrancá-la; mas o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o Senhor mo encobriu e não mo manifestou.
Disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes”?

Eu estava voltando para Fortaleza com a minha cunhada Beth depois de darmos um curso na cidade de Iguatu, minha esposa Eva manda uma mensagem via wathsapp informando o falecimento de um grande amigo Pr. Fabrício, da cidade de Mossoró RN. Foi uma notícia relâmpago, ninguém esperava um fato destes ocorrer, ele era novo no ministério, deixou a esposa e dois filhos e tinha um grande futuro na igreja e na denominação. Problema inesperado surgiu na vida da sua esposa e da família do meu amigo e deixou uma lacuna grande que até hoje sinto a falta do Pr. Fabrício.

A mulher sunamita está feliz, muito feliz. Ela era estéril e recebe uma promessa do profeta Eliseu que o seu sonho de ser mãe seria realizado, você confere este fato lendo (II Reis 4:8-37). Quando o menino tem a idade de poder estar com seu pai no trabalho ele sente uma forte dor de cabeça, o pai pede para o garoto ir para casa e ficar com sua mãe, alguns estudiosos dizem que o menino teve uma insolação. Ali com sua mãe ele passa toda manhã e por volta do meio dia o menino falece.

Estava tudo bem  naquela manhã até  que de repente o menino vem para casa com dor de cabeça e sem mais nem menos ela vê o menino morto. Acontecimento relâmpago, inesperado. Mas, a sunamita não entra em desespero ela pega o corpo do menino e não deixa no seu quarto leva o menino para o quarto do profeta.

Ela sabia quem tinha prometido o menino, então ela vai até a casa do profeta. Quando o esposo pergunta para ela se está tudo bem, ela responde está tudo bem. Mas o filho estava morto no quarto do profeta.

Uma das coisas que deixam aqueles que não conhecem a Deus perplexos é que diante de uma situação relâmpago, seja morte, enfermidade, perda de emprego, injustiças, calúnias, perda de algum bem, o cristão não entra em desespero. Sabemos em quem temos crido, na residência daquela mulher pelo que parece ninguém sabia que o menino havia morrido.

Lembro de um pastor que foi preletor nas devocionais no retiro de obreiros da APEC, ele disse que ao sair da igreja depois de cumprimentar os membros, ele viu sua esposa conversando com uma senhora idosa, depois no carro comentou com a esposa que admirava aquela senhora que assiduamente estava  nos cultos, e aparentemente não tinha problemas, a esposa olhou para ele e disse: ela acabou de me contar que seu filho está com um problema seríssimo no casamento, o pastor disse: é mesmo? Sim, a esposa respondeu, e nesta semana ela descobriu que está com câncer. O cristão não entra em desespero, pelo menos não deveria, porque o Senhor Deus está no controle. “aquietai-vos e sabei que Sou Deus” Salmo 46:10.

Ter um problema relâmpago não quer dizer “não agir”, a sunamita prepara viagem com um jumento, coloca no animal as coisas necessárias e parte para a solução.

O desespero nos impede de agirmos, quando mantemos a calma podemos pensar melhor e tomar decisões acertadas.

Ela segue caminho para ver o profeta, ao longe Eliseu a vê chegando e estranha, não era dia de reuniões, de adoração de estudo, alguma coisa aconteceu e manda seu servo verificar. Veja se aconteceu alguma coisa com o esposo dela ou com seu filho, porque Deus não me revelou. Diz o profeta ao seu servo Geazi.

Amigos, nem sempre Deus vai revelar o porquê das coisas, nem sempre Ele vai explicar por que o problema relâmpago surgiu e caiu bem no centro da sua vida, mas algo é certo, Ele continua sendo Deus.
Quando o servo de Eliseu chega ao encontro da mulher e pergunta se está tudo bem, com o esposo e com o filho, ela responde, está! Mas nós sabemos que realmente não está.

Os problemas que surgem devem ser compartilhados com pessoas certas, não com o primeiro que aparece, o “ficar calmo”, entenda calmo, mas triste, pensativo interiormente, nos conduz a procurar pessoas certas para um aconselhamento e orientações.

Ao estar na presença do profeta Eliseu a mulher sunamita se humilha, coloca-se aos pés do profeta e derrama toda a sua angústia, dor, sofrimento naquele que poderia trazer uma resposta para ela.

Ela disse: “pedi eu ao meu senhor algum filho?” de fato ela não pediu, o menino foi prometido a ela devido a bondade demonstrada por ela e seu esposo a favor do profeta. (v. 16) quando o menino é prometido ela disse naquela ocasião “não mintas a tua serva”  porque para ela era muito serio, o menino nasce, mas depois de cinco ou oito anos vem este fato relâmpago que levou a vida dele.

Deus nos permite chegar a presença dEle e com todo respeito, falar aquilo que está no nosso coração. Deus não é somente Soberano, Onipotente, Onisciente, Onipresente, Ele é Amigo, quando Jesus usa a palavra Abba na oração do Pai nosso, Ele está permitindo chamarmos a Deus de paizinho, quando a criança tem algum problema corre e fala ao pai o que ocorreu (quando existe confiança no mesmo), podemos chorar, clamar, perguntar a Deus. É preciso fazer como aquela mulher fez diante do profeta, abriu seu coração, posso fazer isso? Pode e deve, porque na verdade Ele já sabe que você não está concordando com o ocorrido. Ele já sabe que você está magoado, com raiva e até com ódio de determinada pessoa. Ele conhece o nosso coração o que Ele quer é apenas que você exponha o que está sentindo e creia que Ele agirá.

Vivo uma situação muito desagradável, no princípio eu queria entender, e que a situação fosse resolvida, entrava no meu quarto e fazia o que o salmista no capítulo 4 verso 4 diz para consultar no travesseiro e sossegar o que é consultar o travesseiro? É buscar a Deus, é chorar, é dizer eu não entendo. Quando lia a palavra, Deus me mostrava versículos na minha leitura devocional onde Ele dizia “Estou contigo” estas palavras bastavam e eu saia confortado. Ainda a situação não foi resolvida, mas uma coisa eu sei Ele é Soberano e, além disso, Ele é meu Amigo.

Aquela mulher está em prantos diante do profeta que tem uma percepção e já sabe que o problema relâmpago foi com o filho dela, manda Geazi seu servo e pede para ir urgente, e nem cumprimentar ninguém, mas a mulher com toda sinceridade diz: “ se o senhor não for eu não saio daqui, foi o senhor quem fez a promessa, não foi Geazi”. Então Eliseu vai para a casa dela, no caminho encontra o servo que diz que fez tudo o que Eliseu ordenou, mas não obteve resultado.

Às vezes contamos com aqueles que não podem ajudar e por mais boa vontade que tenham não funciona. A mulher buscou Eliseu e ele chega na casa da sunamita, e entra no quarto feito para ele e o menino está lá.

Quero abrir um parêntese aqui. Não sei por que quando existe um momento onde os servos de Deus precisam resolver alguma questão mais significativa com crianças eles ficam só. Eliseu ficou só com o menino, Elias fica só com o filho da viúva. Jesus pede para que todos saiam do quarto da filha de Jairo, ficando Ele, seus três discípulos e os pais da menina. Eu penso, (é meu pensamento), que às vezes as pessoas acham que o fato de ser criança não tem muito o que fazer, impedindo um milagre pela falta de fé. Creio que tem a necessidade de selecionar pessoas para orar pela salvação das crianças, porque muitos não tem fé para ver o que Deus pode fazer na vida de um menino e uma menina.

O profeta ora em favor do menino e depois de um tempo o menino retorna a vida, ele chama a sunamita e entrega o filho para ela novamente, ela se prostra aos pés do profeta em atitude de gratidão reconhecendo que só Deus é Deus.

Os problemas relâmpagos surgem como de repente, cai em algum lugar e no caso do cristão ao cair ele pode causar danos, vai depender da postura do cristão, não entrando em desespero, buscando ajuda com a pessoa certa e abrindo o coração com o nosso Amigo o Senhor Jesus.

Deus o abençoe.
Pr. Carlos Roberto Arndt – missionário da APEC (Aliança Pró Evangelização das Crianças)





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