2 Reis 4:27,28 “Chegando ela, pois, ao homem
de Deus, ao monte, abraçou-lhe os pés. Então, se chegou Geazi para arrancá-la;
mas o homem de Deus lhe disse: Deixa-a, porque a sua alma está em amargura, e o
Senhor mo encobriu e não mo manifestou.
Disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes”?
Disse ela: Pedi eu a meu senhor algum filho? Não disse eu: Não me enganes”?
Eu estava
voltando para Fortaleza com a minha cunhada Beth depois de darmos um curso na
cidade de Iguatu, minha esposa Eva manda uma mensagem via wathsapp informando o falecimento de um grande amigo Pr. Fabrício,
da cidade de Mossoró RN. Foi uma notícia relâmpago, ninguém esperava um fato
destes ocorrer, ele era novo no ministério, deixou a esposa e dois filhos e
tinha um grande futuro na igreja e na denominação. Problema inesperado surgiu
na vida da sua esposa e da família do meu amigo e deixou uma lacuna grande que até hoje sinto a falta do Pr. Fabrício.
A
mulher sunamita está feliz, muito feliz. Ela era estéril e recebe uma promessa
do profeta Eliseu que o seu sonho de ser mãe seria realizado, você confere este fato lendo
(II Reis 4:8-37). Quando o menino tem a idade de poder estar com seu pai no
trabalho ele sente uma forte dor de cabeça, o pai pede para o garoto ir para
casa e ficar com sua mãe, alguns estudiosos dizem que o menino teve uma insolação.
Ali com sua mãe ele passa toda manhã e por volta do meio dia o menino falece.
Estava
tudo bem naquela manhã até que de repente o menino vem para casa com dor de cabeça e sem mais nem
menos ela vê o menino morto. Acontecimento relâmpago, inesperado. Mas, a sunamita
não entra em desespero ela pega o corpo do menino e não deixa no seu quarto
leva o menino para o quarto do profeta.
Ela
sabia quem tinha prometido o menino, então ela vai até a casa do profeta. Quando
o esposo pergunta para ela se está tudo bem, ela responde está tudo bem. Mas o
filho estava morto no quarto do profeta.
Uma
das coisas que deixam aqueles que não conhecem a Deus perplexos é que diante de
uma situação relâmpago, seja morte, enfermidade, perda de emprego, injustiças,
calúnias, perda de algum bem, o cristão não entra em desespero. Sabemos em quem
temos crido, na residência daquela mulher pelo que parece ninguém sabia que o
menino havia morrido.
Lembro
de um pastor que foi preletor nas devocionais no retiro de obreiros da APEC,
ele disse que ao sair da igreja depois de cumprimentar os membros, ele viu sua
esposa conversando com uma senhora idosa, depois no carro comentou com a esposa
que admirava aquela senhora que assiduamente estava nos cultos, e aparentemente não tinha
problemas, a esposa olhou para ele e disse: ela acabou de me contar que seu
filho está com um problema seríssimo no casamento, o pastor disse: é mesmo? Sim,
a esposa respondeu, e nesta semana ela descobriu que está com câncer. O cristão
não entra em desespero, pelo menos não deveria, porque o Senhor Deus está no
controle. “aquietai-vos e sabei que Sou Deus” Salmo 46:10.
Ter um
problema relâmpago não quer dizer “não agir”, a sunamita prepara viagem com um
jumento, coloca no animal as coisas necessárias e parte para a solução.
O
desespero nos impede de agirmos, quando mantemos a calma podemos pensar melhor
e tomar decisões acertadas.
Ela
segue caminho para ver o profeta, ao longe Eliseu a vê chegando e estranha,
não era dia de reuniões, de adoração de estudo, alguma coisa aconteceu e manda
seu servo verificar. Veja se aconteceu alguma coisa com o esposo dela ou com
seu filho, porque Deus não me revelou. Diz o profeta ao seu servo Geazi.
Amigos,
nem sempre Deus vai revelar o porquê das coisas, nem sempre Ele vai explicar por
que o problema relâmpago surgiu e caiu bem no centro da sua vida, mas algo é certo, Ele continua sendo Deus.
Quando
o servo de Eliseu chega ao encontro da mulher e pergunta se está tudo bem, com
o esposo e com o filho, ela responde, está! Mas
nós sabemos que realmente não está.
Os
problemas que surgem devem ser compartilhados com pessoas certas, não com o
primeiro que aparece, o “ficar calmo”, entenda calmo, mas triste, pensativo
interiormente, nos conduz a procurar pessoas certas para um aconselhamento e
orientações.
Ao
estar na presença do profeta Eliseu a mulher sunamita se humilha, coloca-se aos
pés do profeta e derrama toda a sua angústia, dor, sofrimento naquele que
poderia trazer uma resposta para ela.
Ela
disse: “pedi eu ao meu senhor algum filho?” de fato ela não pediu, o menino foi
prometido a ela devido a bondade demonstrada por ela e seu esposo a favor do
profeta. (v. 16) quando o menino é prometido ela disse naquela ocasião “não
mintas a tua serva” porque para ela era muito serio, o menino nasce, mas depois de cinco ou oito anos vem este
fato relâmpago que levou a vida dele.
Deus
nos permite chegar a presença dEle e com todo respeito, falar aquilo que está
no nosso coração. Deus não é somente Soberano, Onipotente, Onisciente,
Onipresente, Ele é Amigo, quando Jesus usa a palavra Abba na oração do Pai
nosso, Ele está permitindo chamarmos a Deus de paizinho, quando a criança tem
algum problema corre e fala ao pai o que ocorreu (quando existe confiança no
mesmo), podemos chorar, clamar, perguntar a Deus. É preciso fazer como aquela
mulher fez diante do profeta, abriu seu coração, posso fazer isso? Pode e deve,
porque na verdade Ele já sabe que você não está concordando com o ocorrido. Ele
já sabe que você está magoado, com raiva e até com ódio de determinada pessoa.
Ele conhece o nosso coração o que Ele quer é apenas que você exponha o
que está sentindo e creia que Ele agirá.
Vivo
uma situação muito desagradável, no princípio eu queria entender, e que a
situação fosse resolvida, entrava no meu quarto e fazia o que o salmista no capítulo
4 verso 4 diz para consultar no travesseiro e sossegar o que é consultar o
travesseiro? É buscar a Deus, é chorar, é dizer eu não entendo. Quando lia a
palavra, Deus me mostrava versículos na minha leitura devocional onde Ele dizia
“Estou contigo” estas palavras bastavam e eu saia confortado. Ainda a situação
não foi resolvida, mas uma coisa eu sei Ele é Soberano e, além disso, Ele é meu
Amigo.
Aquela
mulher está em prantos diante do profeta que tem uma percepção e já sabe que o
problema relâmpago foi com o filho dela, manda Geazi seu servo e pede para ir
urgente, e nem cumprimentar ninguém, mas a mulher com toda sinceridade diz: “
se o senhor não for eu não saio daqui, foi o senhor quem fez a promessa, não
foi Geazi”. Então Eliseu vai para a casa dela, no caminho encontra o servo que
diz que fez tudo o que Eliseu ordenou, mas não obteve resultado.
Às
vezes contamos com aqueles que não podem ajudar e por mais boa vontade que
tenham não funciona. A mulher buscou Eliseu e ele chega na casa da sunamita, e
entra no quarto feito para ele e o menino está lá.
Quero
abrir um parêntese aqui. Não sei por que quando existe um momento onde os
servos de Deus precisam resolver alguma questão mais significativa com crianças
eles ficam só. Eliseu ficou só com o menino, Elias fica só com o filho da viúva.
Jesus pede para que todos saiam do quarto da filha de Jairo, ficando Ele, seus
três discípulos e os pais da menina. Eu penso, (é meu pensamento), que às vezes
as pessoas acham que o fato de ser criança não tem muito o que fazer, impedindo
um milagre pela falta de fé. Creio que tem a necessidade de selecionar pessoas
para orar pela salvação das crianças, porque muitos não tem fé para ver o que
Deus pode fazer na vida de um menino e uma menina.
O
profeta ora em favor do menino e depois de um tempo o menino retorna a vida,
ele chama a sunamita e entrega o filho para ela novamente, ela se prostra aos
pés do profeta em atitude de gratidão reconhecendo que só Deus é Deus.
Os
problemas relâmpagos surgem como de repente, cai em algum lugar e no caso do
cristão ao cair ele pode causar danos, vai depender da postura do cristão, não
entrando em desespero, buscando ajuda com a pessoa certa e abrindo o coração
com o nosso Amigo o Senhor Jesus.
Deus o
abençoe.
Pr.
Carlos Roberto Arndt – missionário da APEC (Aliança Pró Evangelização das
Crianças)
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