domingo, 18 de outubro de 2020

Santificado seja o Teu nome

 

 

Mateus 6:9Portanto, vós orareis assim: Pai nosso, que estás nos céus, santificado seja o teu nome”;

Deus é Santo, a essência de Deus é santidade. Ele é tão santo que não pode conviver com o pecado, por isso nascemos separados dEle, porque nascemos em pecado. Ele nos amou de tal forma que por meio do seu filho, o Senhor Jesus Cristo, nos purificou de todo pecado (I Joao 1:7b) e podemos ter comunhão com Ele e chamá-lo de Pai.

Este assunto do “Pai Nosso” que Jesus apresenta não é para que Deus seja mais santo, mas o nome dEle muitas vezes não é santificado pelo uso daqueles que dizem ser seus filhos.

John Sttot no seu livro “Ouça o mundo ouça o Espírito” diz que a tradução mais correta na oração sacerdotal de Jesus João. 17:11b seria: "Guarda aqueles que tu me deste para que sejam fiéis a teu nome."[1] Na tradução revista e atualizada diz “guarda em teu nome, aqueles que me deste”. O importante é que precisamos zelar, honrar e amar Aquele que nos amou de tal maneira que deu seu filho... porque o nome de Deus nada mais é do que Ele mesmo.

A história fala que Deus sempre zelou pelo seu nome, tanto é que um dos mandamentos é: não tomar o nome de Deus em vão. Justamente porque o nome dEle é Ele mesmo.

Jeremias 32:34 Antes puseram as suas abominações na casa que se chama pelo meu nome, para a profanarem”.

Neste versículo Deus fala através do profeta Jeremias que o templo que levava seu nome havia sido agredido com abominações feitas pelo povo e como consequência, haveria a disciplina que era o cativeiro na Babilônia.

Ezequiel 39:25Portanto, assim diz o Senhor Deus: Agora, tornarei a mudar a sorte de Jacó e me compadecerei de toda a casa de Israel; terei zelo pelo meu santo nome”.

Deus se compadece do povo que se chamava pelo seu nome e fala através do profeta Ezequiel que agora Ele mudara a sorte da nação trazendo-os de volta para Jerusalém, por causa do nome dEle.

Nós somos templo do Espírito Santo (I Coríntios 6:19) e naturalmente do Deus trino e levamos o nome que está acima de todo o nome que é o de Jesus e de sermos chamados filhos de Deus. Por isso precisamos ter em mente que devemos honrar a Ele através de nossas atitudes. Entretanto o povo que se chama pelo seu nome não tem observado o que Deus diz na sua Palavra. Guardar os mandamentos é prova do amor nosso para com Ele (Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse; e o que me ama...) João 14:21. Mandamentos que ainda precisam ser cumpridos não para salvação, mas para a santificação (Como Lutero sempre dizia: a lei nos conduz a Cristo para sermos justificados, mas Cristo nos manda de volta para a lei a fim de sermos santificados).[2]

Pai nosso que estás no céu, santificado seja o teu nome, quando você fizer este pedido, diga para o Pai (ABBA), me ajuda hoje a santificar teu nome, nas minhas ações nos meus pensamentos (onde mais ocorrem falta de santidade), por amor ao Senhor eu não quero errar, eu não quero manchar teu nome com atitudes e pensamentos pecaminosos, com cobiça, ódio, adultério, ira, desonestidade, etc...

O filho de Deus, planeja sempre honrar o nome dEle e não planeja cometer erros para contar com a misericórdia do Senhor, se fizer isso, é falta de amor para com Deus.

Gostaria que você lesse este trecho do livro do Stott “Ouça o mundo ouça o Espírito”

"Ninguém jamais viu a Deus; se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado." Deus é invisível. Ninguém jamais o viu. Tudo que os seres humanos já viram dele foi um relance de sua glória, do brilho exterior do seu ser. Agora, a invisibilidade de Deus é um grande problema para a fé. Assim foi também para os judeus no Antigo Testamento. Seus vizinhos pagãos riam deles por adorarem um Deus invisível. "Vocês dizem que acreditam em Deus?", zombavam deles. "Onde ele está? Venham aos nossos templos e nós lhes mostraremos os nossos deuses. Eles têm ouvidos e olhos, mãos e pés, e também boca e nariz. Mas, o Deus de vocês, onde ele está? Nós não podemos vê-lo. Ha, ha, ha!" Para os judeus isto era difícil de suportar. Daí a reclamação do salmista e profeta: "Por que diriam as nações: onde está o Deus deles?". Obviamente, Israel tinha sua apologética. Os ídolos dos pagãos não eram nada, somente obras de suas mãos. Tinham boca, é verdade, mas não podiam falar; ouvidos, mas não ouviam; tinham narizes que não podiam cheirar, mãos que não podiam sentir e pés que não andavam. Javé, por sua vez, mesmo não tendo boca (já que era um espírito), havia falado; embora não tivesse ouvidos, ouvia as orações de Israel; e, apesar de não ter mãos, tinha criado o universo e redimido o seu povo com sua poderosa força. Ao mesmo tempo, o povo de Deus desejava ansiosamente que ele se fizesse conhecido às nações, para que estas pudessem vê-lo e acreditar nele.

O mesmo problema de um Deus que não se vê nos desafia hoje, especialmente aos jovens que cresceram confiando em métodos científicos. Eles aprenderam a examinar tudo através de seus cinco sentidos. Qualquer coisa que não se preste a uma investigação empírica eles aprenderam a suspeitar e até mesmo rejeitar. Portanto, que sentido tem em acreditar num Deus invisível? "Se nós o virmos, acreditaremos", é que eles dizem. Mas, então, como foi que Deus resolveu o problema de sua invisibilidade? Primeiro e acima de tudo, ele o fez enviando o seu Filho ao mundo. "Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigénito, que está no seio do Pai, é quem o revelou. “Por isso é que Jesus pôde dizer: "Quem me vê a mim, vê o Pai" e Paulo pôde descrevê-lo como " a imagem do Deus invisível".

A isto, as pessoas tendem a replicar: "Isso é realmente maravilhoso... Só que aconteceu há dois mil anos. Não existe uma outra maneira pela qual esse Deus invisível pode tornar-se visível hoje?" Existe, sim. "Ninguém jamais viu a Deus." João começa este versículo de sua primeira carta com a mesma expressão que usou no prólogo do seu Evangelho. Mas agora ele conclui a sentença de maneira diferente. No Evangelho ele escreveu que "o Deus unigênito... é quem o revelou". Na Epístola ele escreve que "se amarmos uns aos outros, Deus permanece em nós, e o seu amor é em nós aperfeiçoado". Considerando a deliberada repetição de João desta mesma declaração, isto só pode significar uma coisa. O Deus invisível, que uma vez se tornou visível através de Cristo, agora torna-se visível através dos cristãos, se amarmos uns aos outros[3]”. 

 Amigos, santificar o nome de Deus é observar seus mandamentos, eu mencionei que ao fazer isto é prova do amor para com Ele. Você pode lembrar agora um dos mandamentos? Talvez eu possa te ajudar, “não mataras” este matar não é somente puxar uma arma e disparar em  outra pessoa, ou uma arma branca e ferir a pessoa, mas quando eu tenho ódio de alguém estou cometendo homicídio a Palavra diz (I Joao 3:15) todo o que odeia seu irmão é assassino.

O fato de enganar, mentir, roubar estou prejudicando alguém, pegando algo que não me pertence.

Jesus disse que se eu vir uma mulher e desejá-la já cometi adultério e da mesma forma a mulher se vir um homem e desejá-lo.

Algumas pessoas se separam porque o amor acabou, ou nunca existiu, alguma coisa está errada. Por isso que no divorcio o fato é consumado por conta da dureza do coração.

Igrejas se dividem porque faltou amor, faltou perdão.

Eu gostaria que você refletisse comigo: em todos os mandamentos mencionados que foram quebrados, havia um ser humano envolvido, por isso Jesus disse que o segundo maior mandamento é amar ao próximo. Quando eu amo não vou odiar, não vou enganar, roubar, mentir. Quando eu amo não vou me separar (a não ser que o outro lado esteja irredutível!). Mas, nesse caso, o coração endurecido é o dele e não o seu. Eu, ao amar, não vou prejudicar outra família cometendo adultério. E outros motivos que, procurando viver uma vida de santificação por causa do nome do nosso Deus, não vou fazer. Eu não vou vender o evangelho, não vou usar o nome de Deus em vão, não vou colocar coisas na teologia que irão deturpar a Palavra. Você compreende?

Fecha a porta do teu quarto e teu Pai (ABBA) que te vê em secreto vai te ouvir. “Pai, me ajude hoje a santificar teu nome, nos meus pensamentos, nas minhas ações que possivelmente serão com pessoas. Amanhã e depois de amanhã. Pai me ajude hoje a santificar teu nome, naquilo que eu penso, nas minhas atitudes com o próximo”.

Até quando devo fazer isso? Até a volta gloriosa do nosso Amado, Senhor e Salvador!

Deus abençoe!

Pr. Carlos Roberto Arndt – Missionário da Aliança Pró Evangelização das Crianças - APEC




[1] STOTT John. Ouça o mundo ouça o Espírito. 2ª Ed. P. 289, ABU Editora S/C. 1998

[2] STOTT John. Ouça o mundo ouça o Espírito. 2ª Ed. P. 103, ABU Editora S/C. 1998

[3] STOTT John. Ouça o mundo ouça o Espírito. 2ª Ed. P. 282 - 283, ABU Editora S/C. 1998

0 comentários:

Postar um comentário

 
Copyright (c) 2010 Apascenta meus Cordeiros. Design by WPThemes Expert
Themes By Buy My Themes And Cheap Conveyancing.