segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Livra-nos do mal


 

Mateus 6:13

“mas livra-nos do mal...

No Catecismo Maior de Lutero - traduzido do grego - ele diz: Livra ou guarda-nos do maligno e parece exatamente como se falasse do diabo; como se quisesse compreender tudo numa palavra, para que a temática da oração se dirija contra esse nosso inimigo principal; pois é ele quem obstaculiza entre nós tudo quanto pedimos: o nome, a honra de Deus, o reino e a vontade de Deus, o pão cotidiano, a consciência alegre e boa etc.…[1] - Na verdade ele é muito forte, ele é um valente cuja derrota aconteceu quando veio O valente que é Cristo Jesus. (Lucas 11:21 – 22) 

Lúcifer, anjo de luz, depois caiu e foi expulso do céu e se tornou satanás, literalmente o adversário, cujo propósito é matar, roubar e destruir, e difamar o nome de Deus. O Pr. Erwin W. Lutzer, no livro A serpente do paraíso narra que os dois esquemas de satanás são:

1º Levar a pessoas a subestimá-lo, para que possa atraí-las a uma armadilha escondida;

2º levar as pessoas a superestimá-lo, para que fiquem intimidadas e paralisadas pelo seu poder ameaçador. Ele adora quando negamos sua existência e, portanto, o ignoramos; ou o elevamos ao mesmo nível de Deus e ficamos preocupados com ele. Talvez não sejamos possuídos por ele, mas às vezes ficamos obcecados com ele.[2]

Satanás foi o causador da adversidade do pecado, embora o homem tenha culpa nisto também. Não conseguindo ser exaltado nos céus por todas as criaturas celestiais; posto que é desarticulado seu plano: o de se sentar no trono; então, ele toma as providências para ser admirado e confundir o ser humano quanto ao adorar a Deus. O inimigo articula formas de enganar o ser humano criando religiões que irão confundir o homem diante do único caminho para se achegar a Deus.

Ele cria mentiras religiosas como a reencarnação, o panteísmo, o esoterismo, o relativismo e o hedonismo (não dá para tratar sobre isso aqui porque não é o objetivo, mas numa outra ocasião pode ser feito estudos destes cinco pontos). Deus - por meio de Cristo - criou a religião exclusiva que é o Cristianismo; e este contém toda a verdade e não precisa de socorro ou assistência. Por isso, no Cristianismo não há necessidade de acrescentar um pouco de budismo, maometismo, confucionismo, justamente porque ele é perfeito; pois foi fundado por Cristo.

Mais do que nunca, temos que -  diariamente - pedir a Deus que nos livre do mal, porque a ação dele(satanás) é justamente contra a igreja do Senhor Jesus; o pai da mentira sabe que seu fim se aproxima e que tem pouco tempo para governar o império das trevas neste mundo. Todo o alerta, e todo o cuidado são necessários, o mal pode ter o controle de áreas da vida do cristão quando ele se deixa seduzir pela tentação a qual nada mais é do que a ação do inimigo para levar o cristão a pecar.

A Bíblia nos alerta a vigiar - por que ele anda como um leão procurando alguém para devorar (I Pedro 5:8) e a resistir as suas provocações porquanto assim ele fugirá de nós. (Tiago 4:7).

Ele anda ao redor da igreja, porque através dela é que ele tenta atingir a Deus, mas, fique atento que Deus nunca foi nem nunca será atingido. Como vimos na oração do Pai nosso quando Jesus pede para santificar o nome de Deus (lembra?); é através do nosso testemunho, do nosso modo de viver. Quando não santificamos o nome de Deus pelas nossas ações estamos agindo a favor do inimigo.

Por isso que Tiago escreve para resisti-lo. Resistir é esperar o ataque para se defender, e não o provocar, mas, quando ele usar uma tentação para nos atingir sugerindo um erro, então não vamos dar ouvidos a ele. No livro, o combate cristão, o autor Lloyd -Jones faz uma observação da qual precisamos ter em mente que a história do mundo gira em torno da queda de Adão.[3]

 

O importante princípio que devemos manter sempre vivido na mente é que a maneira de entender a longa história da raça humana é dar-se conta de que ela é o resultado da queda. Essa é a única chave da história, de qualquer espécie de história, tanto da história secular como desta história mais puramente espiritual que temos na Bíblia. Não se pode entender a história da humanidade se não se leva em conta este grande princípio. A história é o registro do conflito entre Deus e Suas forças, de um lado, e o diabo e suas forças, de outro; e o entender-se a história passada, como também entender-se o que está acontecendo no mundo hoje. É, igualmente, a única chave para compreender o futuro. Ao mesmo tempo, é a única maneira pela qual podemos compreender as nossas experiencias pessoais.

Eis aí, pois a situação pela qual somos confrontados. O diabo e todos estes poderes e forças subsidiários que agem a seu comando, e que se acham sobre a sua direção e o seu domínio, tem somente um único objetivo central – destruir a obra de Deus. O diabo – tendo-se exaltado com orgulho e tendo ficado com inveja de Deus, que o criara e que lhe dera vida, existência, autoridade e poder – caiu foi punido. Parte da punição é que ele ficou confinado dentro dos seus próprios limites, e isto provoca o seu ódio. E, para dar vazão ao seu rancor contra Deus, seu maior interesse é por em desordem a perfeita criação de Deus. Por isso a sua tática principal sempre consiste em causar confusão problema e caos. Portanto, acima de tudo mais, a sua suprema ambição é separar de Deus o homem e fazer tudo que está no seu alcance para impedir o homem de adorar a Deus e obedecer-lhe e de viver para sua Glória. Afinal de contas o homem constitui o auge da grande criação de Deus.

É preciso ficar claro para nós que se Deus luta contra o diabo e se trava uma luta no mundo espiritual a qual se repete no mundo visível é somente para nos proteger porque todas as suas ações são para nos proteger. Deus não precisa lutar por Ele; e se Ele estivesse só com os seus anjos e o diabo e seus demônios, o Senhor simplesmente aniquilaria todo o império das trevas.

Somos o alvo do inimigo por sermos a principal criação de Deus, satanás acha injusto o homem ser salvo e ele e seus demônios serem condenados; visto que assim como ele pecou, o homem também pecou, assim como ele se rebelou contra Deus; o homem também se rebelou. O que ele queria era justiça, pois Deus diz em Ezequiel  18:4 “...a alma que pecar essa morrerá..” e também que se cumprisse o castigo do pecado que é a morte (Romanos 6:23) mas, Deus nos amou de tal maneira, que mandou seu Filho para que morresse por nós, e através da morte de Cristo, fomos perdoados,  por quê? Porque Jesus se tornou pecado por nós (II Co. 5:21) Ele não conheceu o pecado na prática, mas, se fez pecado por nós.  Não somente isso, Jesus se fez maldição por nós, e quando estava naquela horrenda cruz, seu sangue vertido, foi derramado como preço do salário do pecado que é a morte; a ira do Deus - todo poderoso - estava sobre Ele, isto foi suficiente para Deus se agradar, porque a Justiça foi feita. Isto calou a boca do diabo.

O veredito de Deus é: àquele que crê está perdoado.

Em Colossenses 2:13, o Apóstolo Paulo narra que todo escrito de dívida foi perdoado na cruz; e que nosso inimigo foi completamente esmagado, ridicularizado (Colossenses 2:15).

Neste momento, erga suas mãos, agradeça, dê glórias ao nome do nosso Deus e ao nome de Jesus, porque Deus declarou você justo, e isso calou a boca do nosso acusador; e quem é satanás para ir contra o Juiz do universo?

Ainda vivemos num mundo que jaz no maligno, mas a vitória é certa e sem medo de enfrentar a ira do Deus criador dos céus, porque Ele é o nosso Pai,

Pai, livra-nos do mal, e Lutero no Catecismo Maior diz: “Daí vês como Deus quer que lhe dirijamos petições também por tudo que nos afeta corporalmente, de forma que em parte nenhuma procuremos e esperamos ajuda exceto junto a Ele. Mas, esta petição (livra-nos do mal) Ele a pôs em último lugar. Pois, se é para sermos protegidos de todo mal e libertados dele, necessário se faz que primeiro seja em nós santificado o seu nome, estejam entre nós o seu reino e se faça a sua vontade. Depois, sim nos preservara a Ele de pecado e vergonha, e ademais, de quanto nos doa e seja doloso”. [4]

Deus abençoe.

Pr. Carlos Roberto Arndt – Missionário da Aliança Pró Evangelização das Crianças - APEC

 

 



[1] Martinho Lutero, Catecismo Maior, p. 473

[2] Erwin W. Lutzer, A serpente do paraíso, 

[3] D. M. Lloyd-Jones – O combate cristão, p.72

[4] Martinho Lutero, Catecismo Maior, p. 474

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