sábado, 21 de novembro de 2020

Não nos deixe cair em tentação


Mateus 6:13
  

Não nos deixe cair em tentação -:não significa que Deus tenta seus filhos (Tiago 1:13-17). Mas, com estas palavras, estamos pedindo a Deus para nos guiar de modo a não nos desviarmos de sua vontade nem nos envolvermos em situações de tentação (I João 5:18) que podem se tornar em pecado.

Você lembra quando você entendeu aquilo que Jesus fez por você na cruz do calvário? Entende que o fardo do pecado foi tirado pelo fato de Cristo tê-lo levado na cruz e que somos salvos pela fé, não pelas obras?

A vida adota um novo sentido e uma nova extensão quando, todos os dias, nos levantamos e o iniciamos pensando em que: posso todas as coisas naquele que me fortalece (Filipenses 4:13) para mim o viver é Cristo (Filipenses 1:21).

 Mas, ainda vivemos num mundo mau, perverso e que jaz no maligno; aí surge do nada a tentação e, como consequência, o cristão fraqueja e, na sua mente, uma dúvida: como é que eu tendo Cristo na minha vida e fui tentado daquela forma?

É preciso entender que a tentação não é pecado; o autor de Hebreus (Hb 4:15) relata que Jesus em tudo foi tentado, mas sem pecado, não pecou. Ele foi perfeito aqui nesta terra e provou a tentação em todas as áreas da sua vida; e de todas as maneiras, assim como eu e você.

Antes de vivermos com Cristo, pertencíamos ao mundo que jaz no maligno (I João 5:19); mundo este que vive na concupiscência da carne e dos olhos e na soberba da vida (I Joao 2:16) e estas coisas foram deixadas para trás a partir do momento em que fomos transportados para o reino do filho do seu amor (Colossenses 1:13). Mas, enquanto regidos pelo império das trevas, estávamos tão acostumados com tudo isso que não compreendíamos tais coisas. Podemos compreender como é o mundo a partir do momento em que fazemos parte do reino de Cristo e, assim, estas concupiscências não mais fazem parte de nossa realidade; agora entendemos que não temos mais parte com ele (o mundo).

Tentação é o apelo forte para voltarmos às trevas; é apelo a nossa humanidade, aos nossos apetites físicos, às reações normais de nossas emoções e racionalizações.

No livro de Tiago é apresentado para nós os passos da tentação e aonde ela nos  leva(Tg1:14,15): Ao contrário, cada um é tentado pela sua própria cobiça, quando esta o atrai e seduz. Então, a cobiça, depois de haver concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, uma vez consumado, gera a morte”.

A palavra cobiça, de uma forma geral, vem associada ao mal; mas, na realidade, o seu significado simplesmente é – paixão, desejo. O seduzir sugere a ideia de isca e literalmente significa – enganar mediante uma isca; o ponto essencial da tentação é que nossos desejos humanos são atraídos fortemente na direção de algo existente no mundo. E Tiago diz que isso não é pecado; só se torna pecado quando o desejo brota - ao passarmos da reação para a decisão, com o intuito de perseguir com decisão o que desejamos.

Se alguém me ofende ou faz calúnia contra minha pessoa, por exemplo; minha reação é ficar com raiva da pessoa, e isto, não é pecado - é um sentimento negativo que não pode ser nutrido a ponto de haver uma vingança; mas, geralmente, ocorre  quando somos ofendidos.

Se estou num trânsito congestionado, e fico impaciente ou irritado, o fato de ficar assim não é pecado; o que eu não posso é manter a impaciência e a irritação a ponto de falar palavras depravadas ou ofensivas ao suposto problema.

Nosso corpo não foi ressuscitado quando Cristo veio morar em nós, pois ainda temos o físico normal; sentimos fome, sede, atração sexual, cansaço após um dia difícil de trabalho. Às vezes, algumas pessoas tentam se esconder diante de uma máscara quando fingem que são fortes o suficiente e não reagem de forma negativa diante das adversidades da vida. Isto causa um problema seríssimo porquanto essas mesmas pessoas são as primeiras a deixarem transparecer uma falsa espiritualidade, alheias à realidade.

         Quando Jesus estava ali no Getsêmani, Ele sofreu as maiores tentações da sua vida; contudo, não pecou.

Pecado é seguir o desejo e escolher a prática que foi dita para não fazer ou que nos foi proibido. Muitos pensam que pecaram, mas, na verdade, foram somente atraídos.

Fomos unidos com Cristo e no profundo do nosso ser não queremos errar; mas, queremos agir com justiça e retidão. Àqueles que estão no império das trevas, eles não são tentados porque a prática do erro é normal; mas, o diabo somente se preocupa em tentar àqueles que fazem parte do reino de Cristo os quais já deixaram este mundo e suas práticas.

Ninguém resiste à tentação por força própria; resistimos e a vencemos quando olhamos para Cristo e Ele é a resposta positiva aos desejos que nos foram estimulados de maneira negativa. Se tivermos impaciência, Ele é a nossa paciência; se apresentarmos ódio e amargura, Ele é o nosso amor e nosso perdão.

Deus escolheu a tentação para ser um veículo pelo qual poderemos glorificar a Cristo. E isto, presenciaremos a vida toda aqui neste mundo. Não tenho condição de vencer a tentação por minha própria força e se tentarmos agir assim já falhamos. Deus não permitiu a tentação para mostrarmos ao mundo o poder que tenho de vencê-la; se assim pensarmos já fomos reprovados, porque ela (a tentação) é o meio pelo qual Deus usa para permitir que Cristo viva poderosamente em nossas vidas. Desta forma, devemos sempre dizer sim a Cristo e olhar para Ele quando formos tentados.

Pai não nos deixe cair em tentação, quando ela vier me ajude a olhar para Cristo e não para aquilo que ela me oferece.

Deus o abençoe

Pr. Carlos Roberto Arndt – Missionário da Aliança Pró Evangelização das Crianças - APEC

Parte deste estudo foi tirado do livro” Esgotamento Espiritual” Malcom Smith

 



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