Lucas 9:33
“E
aconteceu que, quando aqueles se apartaram dele, disse Pedro a Jesus: Mestre,
bom é que nós estejamos aqui, e façamos três tendas: uma para ti, uma para
Moisés, e uma para Elias, não sabendo o que dizia”.
Lucas 9:37,38 “E
aconteceu, no dia seguinte, que, descendo eles do monte, lhes saiu ao encontro
uma grande multidão;
E eis que
um homem da multidão clamou, dizendo: Mestre, peço-te que olhes para meu filho,
porque é o único que eu tenho”.
Você pode imaginar como foi bom estar ali
naquele monte para Pedro, João e Tiago? Foi um momento de grande alegria e
prazer, porque estavam juntos com o Filho de Deus e o próprio Pai se manifesta,
dizendo que Jesus era Seu filho amado. Lembro de um pastor, Darci Potin, da
Igreja Luterana, que, ao dirigir um culto evangelístico, disse para as pessoas
presentes o seguinte: “se estar com Deus, aqui neste mundo, sentindo a proteção
e a presença dEle é muito bom, imagina quando estivermos no céu”. Para os três
discípulos, poderíamos dizer que era o céu estar ali.
Você pode imaginar comigo, quantos
cultos na sua igreja você participou que foi um momento bom que não dava
vontade de ir embora, mas, o desejo era que aquilo não terminasse? Ou, então,
reuniões de oração, acampamentos, retiros etc. Era tão bom estar ali, que a
vontade era de permanecer pra sempre ali com os irmãos.
Lembro que tínhamos, todas as quartas-feiras,
reunião de oração na casa de um irmão em Cristo, que na época eu fazia parte da
Igreja Luterana. Sem medo de errar, parecia o céu de tão bom que era. Saíamos
alegres e os problemas eram insignificantes embora existissem. Eu suponho que
você já tenha passado um tempo assim também com a sua igreja.
O desejo é o mesmo que Pedro teve: fazer
três tendas e permanecer pra sempre naquele local.
Mas, ainda não era o céu e aí volto a
dizer o que meu amigo Pr. Darci disse: “se com Deus aqui neste mundo é bom, imagina
na Nova Jerusalém.”.
O fato e a realidade é que os quatro
desceram do monte, e encontraram outro acontecimento, bem diferente daquela que
tiveram no chamado monte da transfiguração.
Fico imaginando que, enquanto os
discípulos estavam no monte tendo aquele momento glorioso ao ponto de quererem
permanecer ali pra sempre, existiam pessoas que estavam sem esperança, sem um
objetivo de vida porque os problemas estavam sucumbindo a vida pessoal e da
família, entre estas pessoas existia um pai que estava desesperado, uma vez que
seu filho estava sendo totalmente escravizado pelo império das trevas, e
segundo o pai, desde a infância o rapaz sofria isto e era escravo do diabo.
Bom é estar com os irmãos na igreja, quando
o céu parece ter descido, onde a presença de Deus é marcante na vida de quem está
ali, onde se tem uma palavra edificante, cânticos e hinos que falam ao coração
estamos com o povo que eternamente estarão conosco, pessoas amáveis e queridas.
Todavia, é preciso lembrar que, enquanto este tempo é bom é edificante, pessoas
estão sofrendo nas mãos do inimigo, do pecado e do mundo. Pessoas desesperadas,
que não veem sentido na vida, buscam uma resposta, buscam libertação e não
encontram, até vão procurar uma resposta, uma saída. Aquele homem foi atrás dos
discípulos de Jesus, mas, infelizmente, ele não conseguiu o que precisava: ver
seu filho liberto.
Estar com a igreja é muito importante,
porque Deus nos abençoa e nos dá forças restaura a nossa vida, restaura a
alegria da salvação, e temos forças e Ele nos concede amor, e autoridade para
quando nos ausentemos dali encontremos outra realidade: pessoas sofrendo, sem
esperança. Deus nos proporciona estes momentos bons, justamente para nos
fortalecer.
O fato é que, no contexto de Jesus,
aquele pai estava sofrendo e ele procurou no lugar certo, com as pessoas
certas, que foram os discípulos de Jesus. Entretanto, eles não tiveram poder
suficiente para expulsar aquele demônio da vida daquele rapaz.
O pai disse que desde a infância o seu
filho era perturbado pelo demônio. Nos dias de hoje, não é diferente. Quantas
crianças são massacradas pelas obras de Satanás? Quantas estão nas mãos dele,
sofrendo e até quem sabe sendo preparadas para terem suas vidas destruídas? É
perceptível que o demônio era tão forte, talvez um dos melhores que havia no
império das trevas, que Jesus disse que tem casta ou demônios que somente saem
se antes alguém tiver tido a preparação para destruí-lo que seria jejum e
oração.
Quando a igreja vai entender que criança
não é simplesmente um ser humano que precisa de divertimento? Quando a igreja
vai entender que as crianças estão nas mãos do nosso inimigo e para que elas
sejam libertas precisa de um preparo, precisa ter vida aos pés de Cristo? Precisa-se
de amor e da certeza de que Deus quer liberta-las e salvá-las.
Com uma palavra, Jesus repreendeu o
inimigo e aquele rapaz, que desde a infância era escravo do inimigo, foi
liberto e com certeza salvo.
Existem momentos na nossa vida que Deus
nos proporciona nos alegra e nos dá prazer, como se o céu tivesse decido, mas, lembre-se
que ainda não é o céu. Ainda vivemos num mundo mau, perverso e que jaz no
maligno, e, devemos aproveitar os momentos bons com o corpo de Cristo, a
igreja, e com o nosso Deus, para amar o perdido e conduzi-lo a Cristo – e, de
uma forma especial as crianças.
Deus abençoe!
Pr. Carlos Roberto Arndt
Missionário da Aliança Pró-Evangelização
das Crianças (APEC)
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