João 21:3 “Disse-lhes Simão Pedro: Vou
pescar. Dizem-lhe eles: Também nós vamos contigo. Foram, e subiram logo
para o barco, e naquela noite nada apanharam”.
O quanto você ama a Deus? Você pode
dizer qual a medida do seu amor para com Ele?
Através de Pedro, podemos ver se o nosso
amor para com Deus está em acréscimo ou em decréscimo. Voltando um pouco ao
contexto histórico de Pedro, vale dizer que ele estava com os discípulos,
provavelmente conversando sobre os últimos acontecimentos em Jerusalém. Você
sabe quais eram os últimos acontecimentos? Eles falavam sobre a ressurreição do
amado Senhor Jesus.
Você deve lembrar que Pedro havia dito a
Jesus um pouco antes dEle ser preso que Jesus não seria tropeço para ele (Mt.
26:33). O Mestre, por sua vez, disse que antes que o galo cantasse Pedro o
negaria três vezes (Mt. 26:34), e foi o que ocorreu. Jesus foi preso, Pedro o
seguiu de longe e quando abordado por pessoas que afirmaram que ele (Pedro) era
quem andava com o Mestre, ele o negou três vezes.
Depois de ver o seu Senhor morto naquela
horrível cruz, imagina como estava o coração de Pedro? A Bíblia diz que ele
chorou amargamente. (Lc. 22:62).
E, mesmo depois de ver o seu Senhor
vivo, ressuscitado, ele ainda carregava no coração a culpa de não ter
permanecido fiel a Jesus na noite de sua prisão.
A acusação faz com que nos sintamos
limitados por Deus, e que os planos originais de Deus pra nossa vida agora fraquejaram
por uma falha cometida por nós. Foi o que ocorreu com Pedro, pois o amor para
com Deus estava diminuindo. Quando ele diz “vou pescar”, ele está dizendo “Deus
não tem mais nada para mim e volta a um passado que já não estava nos planos de
Deus pra vida dele. Porque, cerca de três anos atrás, Pedro viveu a mesma
situação de “estar no barco e não pescar nada” (Lc. 5:1-11). Jesus disse que,
daquele dia em diante, ele seria pescador de homens. Eles deixaram tudo e
seguiram a Jesus para ver, sentir e ouvir que Ele de fato e de verdade era o
Messias.
Existem situações que ocorrem conosco
que através da nossa atitude. Negamos o Mestre, e isso pode ser por meio de uma
palavra, como Pedro fez ao dizer “eu não o conheço”. Todavia, também pode ser
com ações, em participações em coisas que Jesus não aprovaria, enfim, uma série
de coisas que – depois de realizadas – temos a mesma atitude de Pedro: chorar
amargamente. Mas, isso nos conduz a aceitar acusações do nosso inimigo
afirmando que, devido ao fato da desobediência, Deus não usará mais a nossa
vida para aquilo que Ele designou, e – como consequência – o nosso amor para
com Ele diminui gradativamente, porque acabamos fazendo o que Ele não escolheu
para nós. Voltamos a um passado que Deus jamais gostaria que voltássemos.
Na sua infinita graça e amor, Jesus
reserva um tempo para estar com os discípulos que, naquela madrugada estavam no
barco, sem apanhar peixe algum, e como Ele é o Senhor do Universo e toda a
criação se rende à sua vontade, os discípulos novamente veem pela Palavra de
Cristo o milagre da rede estar repleta de peixes, fazendo-os lembrar anos
passados quando viveram a mesma situação. (Lc. 5)
Jesus tinha um propósito para aquela
ocasião: restaurar Pedro. Da mesma forma, Ele tem um propósito restaurar a vida
de pessoas que – por alguma razão – estão sendo massacradas pelo inimigo
através da consciência pesada de algo desagradável que realizaram.
Jesus faz a Pedro por três vezes a mesma
pergunta, simples, mas, muito profunda: “Você me ama”?
Amigo, coloque-se no lugar de Pedro. Ele
negou a Jesus por três vezes e, agora, três vezes o Mestre pergunta para seu
discípulo: “Você me ama?” Penso que faltou coragem para ele dizer “amo”. A
mesma pergunta é feita para nós, não importando o que o foi ou o que não foi
feito. “Você ama o Senhor Jesus?” A resposta do discípulo é “amo”. Jesus, por
sua vez, diz: “apascenta”, “pastoreia”, “cuida”, “protege”, “defenda”, “ajude”
os cordeiros que são as crianças e depois as ovelhas que são os adultos.
Entendo que Jesus não quer muita festa, não quer muita conferência, não quer
muita agitação com seu rebanho, pois Ele quer que cuidemos do ser humano. As
pessoas estão pedindo para Jesus as levar, para Jesus voltar logo, porque a
situação está sinistra. Os problemas estão surgindo de um lado para o outro, e
o povo de Deus não está aguentando mais. Jesus não os leva porque tem muita
gente para ser apascentada.
Duas coisas podem estar acontecendo. Primeiro:
ou os cristãos estão na situação de Pedro, constrangidos com uma acusação,
achando que o Senhor não se interessa mais por eles. Segundo: não estão conseguindo fazer o que o
Bendito Salvador pede: “cuida dos outros”. Se enchem com tantos compromissos,
os quais não estão na agenda do Senhor e não conseguem fazer o que Ele pede: pastorear,
zelar e cuidar do próximo.
Pedro, na terceira vez que Jesus
pergunta para ele se o amava, se entristece, porque no seu íntimo havia um
problema seríssimo: “eu neguei”. Então, Pedro parte para o conhecimento de que
Jesus é onisciente e diz “tu sabes de todas as coisas, sabes que te amo. Em
outras palavras, o Senhor sabe que eu te neguei, mas, também sabes que eu me
arrependi e chorei amargamente.”.
Imagina que o Senhor Jesus esteja do seu lado,
sentado na beira da sua cama, olhando para você com o amor que só Ele tem, e
pergunta suavemente “você me ama” você sabe como Pedro que Ele sabe de todas as
coisas e todos os seus atos certos ou errados Ele conhece. Se você não chorou
amargamente, chore confesse, se você já fez isso diga “tu sabes que te amo”.
A resposta que Jesus quer ouvir: “Sim,
eu te amo” – embora Ele já saiba – mas, assim como Deus provou seu amor para
conosco ao nos dar Jesus, as minhas ações provam que eu o amo. Como, assim?
Quando eu o obedeço estou mostrando que meu amor para com Ele está crescendo e
como eu vou fazer? Apascentando os cordeiros, apascentando as ovelhas.
Deus o abençoe!
Pr. Carlos Roberto Arndt
Missionário da Aliança Pró-Evangelização
das Crianças (APEC)
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